CENTRO DE REABILITAÇÃO ORIENTAÇÃO E ASSISTENCIA AO ENCEFALOPATA – CORAE
CER II – REABILITAÇÃO FÍSICA
FERNANDA PRESTES
FERNANDA MIGUEL
ATENDIMENTO AO PACIENTE COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA
A encefalopatia crônica não progressiva infantil (ECNPI), mais conhecida como Paralisia Cerebral é caracterizada por uma série de desordens motoras decorrentes de lesões no sistema nervoso central, no período pré, peri ou pós natal.
A ECNPI pode ser classificada como atáxica, hipotônica, discinética, espástica (quadriplegia, hemiplegia, diplegia e monoplegia) e/ou mista. As alterações secundárias a ECNPI podem ser caracterizadas como: disfunções sensório-motoras, movimentação involuntária (atetose, coréia, espasmos), alterações do tônus muscular (hipertonia, hipotonia) e da postura, distúrbios na visão, audição, cognição e linguagem.
A espasticidade pode ser encontrada em grande parte dos casos de ECNPI, sendo determinada por hiperreflexia, hipertonia, espasmos e fraqueza muscular. Esse conjunto de alterações podem acarretar o desenvolvimento de encurtamentos e/ou contraturas musculares, gerando alterações posturais permanentes resultantes do mau alinhamento articular (deformidades).
O setor de Fisioterapia atua com o objetivo de minimizar essas alterações motoras, reduzindo encurtamentos e prevenindo contraturas e deformidades, através de técnicas de alongamento, posicionamento e alinhamento. Atualmente no CORAE a aplicação de toxina botulínica vem sendo utilizada com a finalidade de diminuir esses efeitos colaterais provenientes da espasticidade, facilitando o trabalho da fisioterapia no tratamento do paciente com ECNPI.
O setor de fonoaudiologia prioriza a manutenção do tônus muscular facial, postura, mobilidade e sensibilidade dos órgãos fonoarticulatórios, e na diminuição de reflexos patológicos.
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